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sexta-feira, 12 de abril de 2013

VI Diretriz Brasileira de HAS

Aos acadêmicos... este semestre estudaremos Hipertensão Arterial. Como dica de leitura segue o link da VI Diretriz Brasileira de HAS mais atual, para que aprofundem os conhecimentos sobre o tema.  


Vem aí!! - Congresso Brasileiro de Cardiologia - Rio de Janeiro



Local
Riocentro
Avenida Salvador Allende, 6555 - Barra da Tijuca
Rio de Janeiro – RJ - CEP 22780-160
Tel.: 55 21 3035-9100

Data
28 de setembro a 01 de outubro de 2013 (sábado a terça-feira)

Organização
Sociedade Brasileira de Cardiologia
Avenida Marechal Câmara, 160/Sala 330 - Centro
CEP: 20020-907 - Rio de Janeiro – RJ
Tel.: 55 21 3478-2700
www.cardiol.br

Organização Científica
Gerência de Eventos da SBC
Tel.: 55 21 3478-2700 ramais: 2746, 2749, 2750, 2752, 2753
Fax: 55 21 3478-2755
E-mail: cerj@cardiol.br
Site: http://congresso.cardiol.br/68/ 
Skypes: sbc-eventos02 | sbc-eventos03 | sbc-eventos04 | sbc-eventos05

Central de Inscrições
Tel.: 55 21 3478-2700 ramal: 2759
Fax: 55 21 3478-2770
E-mail: sbcinscricoes@cardiol.br 
Site: http://congresso.cardiol.br/68/



Novos Membros

A Liga Acadêmica de Cardiologia do ES, parabeniza a aprovação dos novos membros e deseja boas vindas a todos. Que este seja mais um ano de aprendizados e aprofundamento científico relacionado ao aparelho cardiovascular.
Em breve publicaremos o cronograma científico da Lacardio-ES.
Segue abaixo a lista em ordem alfabética dos novos membros 2013.

ALINE RODRIGUES GUERRA
AMANDA CAROLINA RONCONI
ANELISE GOMES DE MELLO
ARTHUR SOARES DE LIMA
BRUNO RUDOLPH CORRÊA
DANILO AFONSO MENDES ALVES
ELISA RESENDE PALHANO SOARES
JORGE DE OLIVEIRA JÚNIOR
JULIA COSER SERAPHIM
KAMILA POMPERMAIER PESSIMILO
KLEBER FREITAS PALMEIRA
MARCELO ALVES RIBEIRO
TAÍRIS ALVES SAMPAIO
THOMPSON DIAS VIANA

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Grupo de Estudo em Eletrocardiograma

A Liga Acadêmica de Cardiologia do ES - LACARDIO, tem o prazer de convidar os acadêmicos de medicina a participar do Grupo de Estudo em Eletrocardiograma que será promovido pela liga no próximo semestre.
 
As reuniões terão como objetivo principal discussões sobre as bases eletrocardiográficas e os traçados das patologias que podem ser interpretadas no ECG.
 
As reuniões ocorrerão quinzenalmente às quintas-feira - 18h e contarão ao final do curso com uma carga horária de 40h.
 
As inscrições já estão abertas, as vagas são limitadas e o valor é de R$ 30,00.
 
Segue abaixo o Cronograma do Grupo de Estudos em Eletrocardiografia da Liga Acadêmica de Cardiologia do ES:

21/06 – Reunião de Abertura do Grupo de Estudos e Apresentação
02/08 – Bases fisiológicas da condução cardíaca e princípios do registro eletrocardiográfico
16/08 – Realização prática do registro eletrocardiográfico
30/08 – Sobrecargas atriais e sobrecargas ventriculares
13/09 – Repercussões eletrocardiográficas das síndromes isquêmicas do miocárdio
27/09 – Repercussões eletrocardiográficas das Bradiarritmias
11/10 – Repercussões eletrocardiográficas das Taquiarritmias
25/10 – Discussão de traçados eletrocardiográficos associados a casos clínicos
08/11 – Discussão de traçados eletrocardiográficos associados a casos clínicos
22/11 - Discussão de traçados eletrocardiográficos associados a casos clínicos
 


Att,
Diretoria da LACARDIO - ES

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dabigatrana e varfarina em pacientes com fibrilação atrial usuários prévios ou inexperientes no uso de antagonista de vitamina K


Autor: Dra. Luciana Sacilotto

Referência:Michael D. Ezekowitz, MBChB, DPhil, FRCP; Lars Wallentin, MD, PhD; Stuart J. Connolly, MD et al. Dabigatran and Warfarin in Vitamin K Antagonist – Naive and –Experienced Cohorts With Atrial Fibrillation. Circulation 2010;122:2246-2253.

Resumo:Trata-se de um subestudo pré-especificado do RE-LY comparando duas populações: 1. usuários prévios dos antagonistas da vitamina K (AVK) e 2. pacientes inexperientes em AVK (< 62 dias de uso de AVK, 33% nunca tratados com a medicação). A varfarina e duas doses de dabigatrana (110mg 2xdia [D110] e 150mg 2xdia [D150]) foram comparadas em uma população equilibrada desses pacientes. Concluiu-se que a exposição prévia aos AVK não influencia os benefícios da dabigatrana, em qualquer dose, em comparação com a varfarina.. 

Objetivos: Avaliar prospectivamente o novo anticoagulante dabigatrana em pacientes com e sem tratamento prévio com AVK, na prevenção de fenômenos tromboembólicos e no manejo do AVK. 

Métodos: Os pacientes (n=18113) foram recrutados em 951 centros clínicos de 44 países. Os doentes eram elegíveis se tivessem fibrilação atrial documentada no eletrocardiograma realizado na seleção ou no prazo de seis meses antes e, pelo menos, uma das seguintes características: AVCi ou ataque isquêmico transitório (AIT) prévios; fração de ejeção ventricular esquerda inferior a 40%; classe funcional II (New York Heart Association) ou outros sintomas de insuficiência cardíaca no prazo de seis meses antes do exame; idade mínima de 75 anos, ou um idade de 65 a 74 anos com diabetes mellitus, hipertensão ou doença arterial coronariana. Os critérios de exclusão foram: valvopatia grave, acidente vascular cerebral no prazo de 14 dias ou acidente vascular cerebral grave no prazo de seis meses antes do exame, ou ainda condições que aumentem o risco de hemorragia, como clearance de creatinina < 30 mL/min, doença hepática ativa, gravidez ou idade fértil. Para este subestudo, os pacientes foram divididos em 2 grupos: usuários prévios de AVK e inexperientes em AVK (aqueles que nunca haviam usado AVK ou o faziam a menos de 62 dias). Análises secundárias também definiram como inexperientes aqueles pacientes que não estavam utilizando AVK na época da randomização. As características basais dos dois grupos foram comparadas pelo teste exato de Fisher, assim como os motivos para a interrupção definitiva da droga do estudo entre os grupos de tratamento. Para a análise dos resultados do estudo foi calculada a hazard ratio (HR), comparando D110 e D150 com varfarina em pacientes usuários prévios e inexperientes em AVK. 

Resultados: Metade dos pacientes era inexperiente em AVK (50,4%). Na coorte de pacientes inexperientes em AVK havia menos homens (58,9% vs 68,4%; P<0,001), menos diabéticos (22,5% vs 24,2%; P=0,007), mais hipertensos (80,4% vs 77,3%; P<0,001) e maior uso de aspirina (54,5% vs 24,8%; P<0,001), em comparação aos usuários prévios de AVK. Notou-se também menos pacientes com infarto do miocárdio prévio (14,9% vs 18,3%; P<0,001), doença arterial coronariana (24,7% vs 30,9%; P<0,001), AVCi (11,0% vs 14,1%; P<0,001), e AIT (7,9% vs 10,4%, P <0,001). Não houve diferença significativa nas taxas de insuficiência cardíaca congestiva entre as coortes. A pontuação média do escore CHADS2 foi de 2 na coorte de inexperientes e de 2,18 na coorte de usuários prévios de AVK (P<0,001). O tempo médio de INR na faixa terapêutica (TMFT) para pacientes do estudo RE-LY foi de 64%. Já nos pacientes usuários prévios e inexperientes em AVK, este tempo foi de 62% e 67%, respectivamente. As diferenças ocorreram principalmente nos primeiros meses do estudo: o TMFT em pacientes inexperientes em AVK foi de 43%, 62% e 67% nos meses 1, 6 e 12 após a randomização, enquanto que nos usuários prévios foi de 55%, 68% e 69%, respectivamente. 

Conclusões: Essa subanálise do estudo RE-LY demonstrou que os pacientes que iniciam dabigatrana, independente da experiência prévia com AVK, tiveram benefício com a dabigratrana em relação à varfarina. 

Perspectivas: Acreditava-se que os pacientes usuários prévios de antagonistas da vitamina K apresentariam controle mais adequado da anticoagulação e que, portanto, talvez apresentassem resultados diferentes dos já documentados. Esta subanálise do RE-LY demonstrou que a dabigatrana, um novo inibidor direto da trombina, pode ser usado clinicamente, com bons resultados, em ambos os casos, promovendo diminuição das taxas de eventos tromboembólicos em relação ao uso de varfarina, com bom perfil de segurança.


Fonte: Cardiosource

Aperfeiçoamento da estratificação de risco para tromboembolismo na fibrilação atrial utilizando uma nova abordagem (CHA2DS2-VASC)

Autor: Dra. Luciana Sacilotto

Referência: Gregory Y. H. Lip, Robby Nieuwlaat, Ron Pisters, Deirdre A. Lane and Harry J. G. M. Crijns. Refining Clinical Risk Stratification for Predicting Stroke and Thromboembolism in Atrial Fibrillation Using a Novel Risk Factor-Based approach. The Euro Heart Survey on Atrial Fibrillation. CHEST 2010; 137(2):263–272

Resumo: Atualmente a estratificação de risco para tromboembolismo (TE) e acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes com fibrilação atrial (FA) é baseada em fatores de risco identificados em coortes, sem considerar algumas comorbidades sabidamente relevantes, pois nem todas foram sistematicamente documentadas em ensaios clínicos. Desta maneira, foi desenvolvida uma nova abordagem, com a sigla (ou acrônimo) CHA2DS2-VASC, que proporciona melhor valor preditivo do risco de TE em relação aos outros esquemas de estratificação preexistentes, incluindo o clássico CHADS2. O novo esquema proposto mantém bom valor preditivo em indivíduos de baixo risco, reclassificando o grupo de indivíduos de risco intermediário.

Objetivo: Definir um esquema prático e eficiente para predizer o risco de AVC/ AIT/TE na população com FA e compará-lo a nove outros esquemas preexistentes (entre eles Framingham, NICE guidelines 2006 e CHADS 2) quanto à capacidade de predição de eventos tromboembólicos.

Métodos: Para testar a capacidade preditiva do novo esquema Birmingham 2009 (CHA2DS2-VASc) e compará-lo com o desempenho de outros esquemas, foi utilizada uma coorte de pacientes com FA proveniente do "Euro Heart Survey for AF", conduzido em 35 países e 182 hospitais, entre 2003 e 2004. Foram selecionados pacientes sem doença valvar mitral ou cirurgia valvar prévia, que não faziam uso de varfarina ou heparina e com evolução clínica conhecida após um ano (n=1084). Os fatores de risco foram denominados definitivos (AVC/ AIT/TE e idade> 75 anos) ou combinados (disfunção ventricular moderada a grave, HAS, DM, doença vascular, sexo feminino e idade entre 65 e 74 anos), resultando no escore CHA2DS2-VASc [fig. 1]. Quando somados os pontos obtidos de cada fator de risco, os pacientes podem ser considerados de baixo risco (zero pontos), risco intermediário (1 ponto) ou alto risco (≥2 pontos). Para avaliar o efeito dos fatores de risco individuais sobre a ocorrência de TE na coorte, foi realizada análise de regressão logística multivariada, com as seguintes variáveis independentes: idade, sexo, diabetes, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, hipertensão, AVC prévio / AIT, além de outros TE prévios e doença vascular periférica.

Resultados: Há discordância relevante entre os esquemas analisados. Os pacientes classificados como de alto risco variaram de 10,2% com o esquema de Framingham, para 75,7% com o novo esquema (Birmingham). O CHADS2 categorizou a maioria dos pacientes em risco intermediário (61,9%), enquanto a classificação Birmingham 2009 teve 15,1% nesta categoria. No esquema de Birmingham 2009, apenas 9,2% foram classificados como de baixo risco, enquanto no Framingham 48,3% estavam nesta faixa de risco. Pela análise (estatística C), o valor preditivo para TE é modesto em todos os esquemas propostos. O esquema de Birmingham 2009 foi um pouco melhor (estatística C = 0,606) do que o CHADS2 (estatística C=0,586). Aqueles classificados como de baixo risco pelo Birmingham 2009 e pelo esquema do guideline de NICE 2006 eram verdadeiramente de baixo risco, sem eventos tromboembólicos registrados, enquanto estes eventos ocorreram em 1,4% dos pacientes de baixo risco pelo CHADS2. Além disso, enquanto o grupo de risco intermediário teve uma taxa de eventos em torno de 3% no CHADS2, o mesmo grupo pelo esquema de Birmingham 2009 teve apenas 1 caso (0,6%). Quando expressado em um sistema de pontuação, esse novo esquema também mostrou um aumento na taxa de TE com o aumento progressivo da pontuação e aqueles com pontuação de zero (ou seja, baixo risco) não tiveram eventos tromboembólicos.

Conclusão: O esquema CHA2DS2 – VASc é prático e demonstrou melhor valor preditivo para TE, quando comparado ao esquema CHADS2. Mantém baixa taxa de eventos em indivíduos de baixo risco, e reduz a proporção de indivíduos na categoria de risco intermediário.

Perspectiva: O envelhecimento da população, a evolução dos métodos diagnósticos e da terapêutica exige reavaliação constante dos escores de risco, a fim de beneficiar um grupo maior de pacientes, sem acrescentar riscos. O escore de Birmigham 2009 (CHA2DS2-VASc), avaliado neste estudo, demonstrou superioridade deste em relação aos esquemas antigo, principalmente pela sua capacidade de discriminar melhor os pacientes de risco intermediário (onde há dúvida da relação risco-benefício com o uso de antiagregação plaquetária x anticoagulação). Portanto, com base neste novo esquema, recomendamos que a escolha do tratamento para a prevenção de TE nos pacientes com FA seja feita conforme algoritmo da figura 2. Apesar do resultado expressivo, este foi o primeiro estudo a utilizar o novo escore e sua validação em outras populações de pacientes com FA, de diferentes raças/etnias, poderá confirmar o seu verdadeiro valor.
Figura1: Esquema de pontuação Birmingham 2009 (acrônimo CHA2DS2-VASc)
Figura 2: Algoritmo para anticoagulação oral